quinta-feira, 23 de abril de 2009

Um mundo melhor!





"Muito tem-se falado em construir um mundo melhor para os nossos filhos, infelismente o discurso não se dá na mesma proporção para nos constituirmos como pessoas melhores.
Pessoas que conseguem melhorar têm a possibilidade de ser referências a esses filhos, assim eles internalizam esses valores e consequentemente podem propiciar a existência de um mundo melhor.
Nosso mundo nada mais é do que um reflexo do que somos, sua melhora não se constituirá com mais impostos ou tecnologia.
Essa melhora só pode ser viabilizada com a internalização de conceitos éticos, morais e respeito.
Não somos seres destacados desse Universo, somos apenas parte dele. Um mundo melhor só será possivel com pessoas igualmente melhores."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Lady Godiva e o divã
















Lady Godiva viveu no período de 990 a 1067 em Conventry, Inglaterra, foi esposa de Leofric, duque de Mércia.

Conta a lenda que Godiva, em protesto aos altos impostos cobrados pelo marido à população de Conventry, fez um pacto com o esposo.

Em troca de reduzir os impostos, desfilaria nua, montada em seu cavalo com a condição de os impostos serem reduzidos à população de Conventry.

Diante a postura de Godiva, em gratidão a população de Conventry, no momento em que ela desfilava, fechou-se em suas casas para não produzir constrangimento à sua bem feitora.

Um único aldeão não aderiu à decisão dos demais e quando presenciou Godiva nua, cavalgando pelas ruas, ficou irremediavelmente cego.

Uma vez concluído o desfile, Leofric cumpriu a sua palavra e reduziu a carga tributária à população de Conventry.

Decorridos praticamente mil anos, no aniversário do desfile, algumas mulheres ainda repetem o feito de Lady Godiva, desfilando nuas, a cavalo, pelas ruas de Conventry.

Os altos impostos cobrados na época, em parte visavam sustentar os luxos estampados nas roupas e adereços usados pelos senhores de Conventry, assim o desfilar nua, significava a renúncia a esse luxo, dessa forma os altos impostos perdiam o seu significado.

O desrespeito ao ato de Godiva do aldeão que quis vê-la desfilando denota a cegueira deste frente ao significado do ato que estava sendo praticado.

Ao deitarmos no divã, desnudamos nossos sentimentos, emoções, pensamentos, etc. àquele que supostamente ocupa a posição de analista.

A posição de lado ocupada pelo analista e sua conduta ética denota o seu respeito frente àquele que se desnuda.

O lugar do cego é o espaço do não entendimento de seu papel, seja do analista ou do analisando e ainda dos pré conceitos que por vezes possam permear a análise.