sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dualidade: ser social e individual.


Entre as ambiquidades que nos identificam é significativa essa dualidade. Ao mesmo tempo que somos seres sociais, possivelmente na mesma intensidade necessitamos de nossa individualidade.

Não fosse nossa capacidade de socialização provavelmente nós teríamos nos extinguido antes mesmo de ter saido das cavernas.

Nosso mundo é constituido socialmente, por traz de cada objeto que utilizamos há séculos de tecnologia e uma infinidade de pessoas que o confeccionou, do momento em que a matéria bruta foi retirada da natureza, até o produto final que caracteriza o objeto acabado.

Na mesma intensidade nossa identidade também é constituida socialmente, necessitamos do outro para nos identificar, aprendemos e nos desenvolvemos por comparação, observação, analogias... com os demais que nos rodeiam. Por outro lado igualmente necessitamos de nossa individualidade nosso espaço externo e interno. Ao mesmo tempo que buscamos integração social é imprescindível os momentos de introspecção, igualmente há a necessidade de um espaço que seja o nosso, seja o espaço físico ou o emocional.

A forma como organizamos esse espaço físico, seja uma casa, um quarto ou até mesmo uma gaveta em alguma proporção revela a forma como está organizada nossas percepções, emoções... em relação a nós mesmos ou ao mundo que nos rodeia.

Se cedermos à forma como o mundo se organiza socialmente nos despersonalizamos, restringimos nossa identidade. Se predominar nossa individualidade nos tornamos egoístas, fechados em nós mesmos.

Ambos igualmente patológicos, o equilíbrio entre o social e o individual é que irá determinar o menor ou maior grau de integração de nosso psiquismo e adequação seja com nosso mundo interno ou externo.