domingo, 25 de julho de 2010

Falas ao Vento.


  • Em "nosso" mundo há muitos ruídos, por isso as pessoas falam tanto e tão alto, aumentando ainda mais os níveis de ruídos e, assim, as pessoas sequer conseguem ouvir o que elas mesmas estão falando, fazendo com que as tentativas de diálogos se tornem uma série de barulhos desconexos.
  • "Nosso" mundo é movido pelas palavras, sejam elas escritas ou faladas, mas quando elas se tornam uma sucessão de ruídos desconexos, como o mundo não deixa de ser uma projeção de nossas palavras, igualmente se torna desconexo e deprovido de sentido.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Partilhar e Compartilhar.

Partilhar e Compartilhar,
são verbos muito importantes,
devem ser aprendidos
em todos os tempos e pessoas.
Precisam ser conjugados diariamente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tempo / Espaço


Lá na curva onde o espaço
se encontra com o tempo,
bem juntinho ao centro de tabuleiro,
tempo é espaço e espaço é tempo,
o antes pode ser agora,
e o depois já aconteceu.
Lá não há primeira, segunda
ou terceira pessoa,
todos somos nós.
Não importa se animados
ou inanimados,
mas ao mesmo tempo,
o nós não deixa de ser eu,
você ou ainda ele.
Lá se centra a essência do Universo,
por outro lado não há
tempo nem espaço,
e ao mesmo tempo o espaço é infinito,
e o tempo pode ir adiante
como ao passado retornar.
O centro do tabuleiro
se encontra logo ali, além da varanda,
só que quando lá chegar,
tabuleiro e varanda,
além do Universo irão estar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Caminhos...


  • Me parece que no geral, tanto a saúde como aqueles que precisam de ajuda estão meio perdidos, a cada dia surgem novas especialidades e também se busca o tratamento de partes de nós mesmos, estamos esquecendo que somos um ser com corpo e mente, é preciso repensar as pessoas como pessoas e não órgãos, seja por parte da saúde ou dos pacientes. Muitas vezes uma visão geral, clínica e emocional, pode ser mais util que quadros desenhados por vários especialistas...
  • Uma boa conversa, a empatia entre o cuidador e aquele que é cuidado, entender e buscar que aquele que necessita de ajuda também entenda, pode ser mais eficaz que aquilo que pode ser obtido através de análises bio-químicas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Paradoxos...


  • Desenvolvemos tecnologia para sondar os confins do Universo, mas não conseguimos dar um destino adequado aos nossos esgotos.
  • Nossa cultura gera riquezas sem precedentes, por outro lado a miséria existente também não tem precedentes.
  • O volume de informações geradas estão muito além do que podemos absorver, mas o conhecimento internalizado é medíocre.
  • A tecnologia de comunicações de que dispomos, há poucas décadas era objeto de obras de ficção científica, porém a solidão parece que cresce em intensidade semelhante ao desenvolvimento dessa tecnologia.
  • Nunca em nossa história foram criadas tantas leis e organizações com a finalidade de defender as classes menos favorecidas e o ambiente que nos rodeia, todavia a intolerância, indiferença, desrespeito, insensatez... se avolumam na proporção em que essas leis e instituições são criadas.
  • Criamos remédios para sanar tristezas, ansiedade, impulsividade..., mas conceitos como compreensão, gratidão, responsabilidade, amor próprio... parecem estar sendo apagados dos dicionários.
  • É possivel tratar a totalidade das doenças e quando surge uma nova em um tempo muito reduzido é desenvolvido a sua cura, ou um tratamento que amenize os sintomas, por outro lado as pessoas se envenenam com drogas lícitas e ilícitas, não se dá a devida importância a hábitos de higiene, alimentação, sono, atividades físicas..., imprescidíveis a uma longevidade com qualidade.
  • Investe-se muito no sentido de prolongar a vida, mas pouco se pensa na qualidade dessa vida.
  • Criamos automóveis de luxo e esportivos que podem exceder a velocidade de 300 kM/h, bem como naves que voam pelos ares ou deslizam sobre os oceanos, por outro lado não damos conta de um transporte público que possa levar as pessoas com dignidade às suas casas, trabalho, lazer...
  • Desenvolvemos, mas não nos envolvemos.