domingo, 23 de maio de 2010

As raízes do desejo na frustração.

  • O desejo, quem é esse ilustre desconhecido que nos impulsiona, nos dá prazer, alimenta a vida, deixa-nos ansiosos, depressivos, impulsivos, ou ainda ambos.
  • As fontes do desejo estão entre os elementos mais primitivos de nossa existência, remontam aos momentos iniciais de nossa vida, após o nascimento.
  • O desejo nasce da frustração por o bebe não conseguir o prazer obtido em seus momentos iniciais de vida, da satisfação obtida após a primeira vez em que se sentiu biológica e afetivamente suprido.
  • Esse é um momento em que se instaura alguns resquícios de como será determinada a personalidade, através da relação que se estabelece entre o bebe e o mundo externo, seus recursos internos e a forma como ele percebe a receptividade do ambiente.
  • Quando nessa relação predomina a percepção de que essa satisfação inicial é possivel de ser alcançada, estará sendo constituida uma criança com a possibilidade de no decurso de sua vida usar sua vitalidade para atingir seus objetivos, realizar seus prazeres, encarar frustrações como obstáculos a serem superados.
  • Diante da percepção da impossibilidade de se obter as satisfações primitivas, estará se constituindo uma pessoa com características ansiosas e depressivas uma vez que a percepção é de que suas conquistas estarão sempre aquém do que poderiam ser, dificilmente irá sentir a possibilidade de os seus desejos serem supridos.
  • Sobressaindo a percepção de que para atingir as satisfações iniciais são necessários esforços que beiram a exastão, e predominantemente é nessa condição que existe a possibilidade de se atingir as satisfações iniciais, igualmente estará se constituindo alguém com características ansiosas, em que predomina a impulsividade, pois é através dela que consegue vislumbrar a possibilidade de obter os prazeres iniciais.
  • Diante da oscilação da percepção, beirando a impossibilidade da obtenção das satisfações primitivas e, a exaustão para se obter essa satisfação também estará se formando uma pessoa com características ansiosas, mas com tendências a oscilar entre características depressivas e impulsivas.
  • A afetividade, os recursos internos da criança, aliado à interação entre o bebe e o ambiente são os elementos principais que irão determinar as características da personalidade da criança em formação.
  • Esse breve relato é uma reflexão de minha prática clínica, vivência pessoal e interpretação bibliográfica (técnica e ficção).

2 comentários:

  1. Mais um belo texto, reflexivo e muito bem focado.
    Muito interessante.
    Parabéns!

    Um abraço.

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  2. É de suma importância,lermos relatos como este.Pois nos trás clareza de que somos mesmos construídos à partir de nossas vivências.
    Parabéns!

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